Autor: Andrew Murray
Título: Sê Perfeito
Editora / Editor: Editora Betânia
Formato: PDF
Tamanho De Arquivo : 506 KB
Páginas: 74.
Descrição:
Se alguém tomar nas mãos este pequeno volume com a idéia de encontrar uma teoria de perfeição exposta ou defendida, ficará desapontado. O meu objetivo tem sido muito diferente ao escrevê-lo. O que tenho desejado é repassar a Palavra de Deus em companhia de meus leitores, observando as principais passagens em que ocorre a palavra “perfeito,” e em cada caso buscando descobrir no contexto qual a impressão que se desejava transmitir. É somente quando nos rendemos de modo simples, e em oração, permitindo que as palavras das Escrituras assumam todo o seu vigor, que seguimos pelo caminho certo, combinando os diferentes aspectos da verdade para formar um todo harmonioso. Entre os pensamentos que me têm impressionado, especialmente nessas meditações, e que confio obterão o assentimento de meus leitores, os principais são os seguintes: 1. Há uma perfeição que as Escrituras ensinam ser possível e atingível Pode haver, e de fato há, grande diversidade de opinião sobre como esse termo deva ser definido. Mas só pode haver uma opinião quanto ao fato que Deus espera que Seus filhos sejam perfeitos em Sua presença; que Ele prometa perfeição como Sua própria obra; e que as Escrituras se referem a certos homens que foram perfeitos perante o Senhor, tendo servido a Ele de coração perfeito. As Escrituras falam de uma perfeição que é ao mesmo tempo nosso dever e nossa esperança. 2. Para saber o que seja essa perfeição, temos de começar aceitando a ordem do Senhor, obedecendo-a de todo o coração. Nossa tendência natural segue a direção justamente oposta. Queremos discutir e definir o que seja perfeição, compreendendo como essa ordem pode ser conciliada com nossa profunda convicção de que nenhum homem pode ser perfeito, a fim de providenciar as medidas necessárias para enfrentar todos os perigos que, estamos certos, serão encontrados nessa busca. 3. A perfeição não é uma exigência arbitrária; devido a natureza das coisas, Deus não pode pedir menos. E isso é verdade quer pensemos sobre Ele, quer sobre nós mesmos. Se pensarmos naquele que, sendo Deus, criou o universo para Si mesmo e para Sua glória, que é o único capaz de enchê-lo de Sua felicidade e amor, vemos quão impossível é para Deus permitir que qualquer outra coisa compartilhe consigo do coração humano. Deus deve ser tudo e possuir tudo. Na qualidade de Legislador e Juiz, Ele não se contenta com nada menos que a perfeição absoluta. Na qualidade de Redentor e Pai, igualmente Lhe convém reclamar nada menos que uma perfeição real. Deus precisa possuir tudo. 4. A perfeição, como o mais alto alvo do que Deus, em Seu grande poder, faria por nós, é algo tão divino, espiritual e celeste que somente a alma que se entrega ternamente à orientação do Espírito Santo pode esperar conhecer sua bem-aventurança. Deus implantou em cada coração humano um profundo desejo de perfeição. Esse desejo se manifesta na admiração que todos os homens têm pela excelência nos diferentes objetos ou empreendimentos aos quais dão valor. No crente que se entrega completamente a Deus, esse desejo se apega às maravilhosas promessas de Deus, e inspira uma oração como a de McCheyne: “Senhor, torna-me tão santo como um pecador perdoado pode sê-lo.” Na esperança de que essas meditações despretensiosas ajudem alguns dos filhos de Deus a prosseguir até a perfeição, entrego as mesmas e a mim mesmo ao bendito ensino e guarda do Pai. (Andrew Murray)
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